A Ilha de Marajó, localizada no Pará, voltou a ser o centro das atenções devido a denúncias de ser o palco de um cenário de exploração sexual infantil. O tema já foi discutido em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado, no ano de 2010.
O cenário voltou a ganhar destaque depois que a cantora Aymeê fez fortes relatos sobre o tema em um programa de competição musical, na última sexta-feira (16).
Depois de cantar, a artista relatou:
“Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard”. “Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, completou a artista.
Em 2010, o lugar foi pauta em discussão na CPI, segundo o Portal CNN Brasil: “O senado se debruçou sobre dezenas de denúncias e relatos de que o arquipélago concentrava diversos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes”.
Durante a CPI, o ex-deputado Luiz Afonso Sefer, foi mencionado e condenado, anos mais tarde, pelo crime de estupro de vulnerável. “Ele foi acusado de adotar uma criança aos 9 anos, prometendo trabalho, mas iniciou os abusos dias após a chegada da menina”. (CNN Brasil)
Foi destacada a exploração sexual nas embarcações, principalmente as de transporte de carga, que abrangem, principalmente, os municípios de Portel, Muaná, Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista e Gurupá.
“O bispo Dom José Luis Azcona, que há décadas luta contra a exploração de menores na ilha, teve participação importante na CPI e voltou a chamar atenção para o caso novamente em 2015, ao relatar que crianças se ofereceram aos ocupantes de balsas com consentimento familiar. Em 2023, após receber um pedido para deixar a região da representação diplomática do Vaticano, houve protestos locais e a liderança religiosa se manteve na região”. (CNN Brasil)
Infelizmente, em 2020, após a então ministra Damares Alves, ter mencionado que buscava soluções para a situação, ela declarou que as denúncias se baseavam em relatos, não em provas.
“O MPF alegou propagação de fake news, exigindo retratação pública e uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais à população do arquipélago”. (CNN Brasil)
Fonte: CNN Brasil.