O ex-líder do Partido Trabalhista inglês Jeremy Corbyn foi banido de disputar eleições pelo Comitê Executivo Nacional (NEC, na sigla em inglês) da própria sigla. A moção foi movida pelo atual líder trabalhista, Keir Starmer.
A decisão baseia-se em acusações de antissemitismo contra outros membros do Partido Trabalhista durante o período em que Corbyn chefiou a sigla. O próprio Corbyn nunca foi acusado de proferir declarações antissemistas, mas foi alvo de acusações indiretas coordenadas por setores direitistas do partido e da sociedade civil.
As próprias acusações contra membros do Partido baseiam-se, em grande parte, em críticas feitas por membros ao Estado de Israel, que conduz uma política genocida e de apartheid contra os palestinos. Israel é governada atualmente pela extrema direita e, de acordo com a posição de seus ministros e primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a Palestina “não existe”.
Corbyn, que deve agora disputar eleições como um candidato independente, qualificou a decisão do NEC como “vergonhosa” e disse que o órgão desprezou seus milhões de eleitores.
“A decisão do NEC de bloquear minha candidatura para Islington North é um ataque vergonhoso à democracia do partido, aos membros do partido e à justiça natural.
“Quando eu era líder do Partido Trabalhista, estava determinado a construir um movimento liderado por membros que desse esperança a uma nova geração.
“A ação vergonhosa de hoje mostra desprezo pelos milhões de pessoas que votaram em nosso partido em 2017 e 2019 e desmotivará aqueles que ainda acreditam na importância de um governo trabalhista transformador.
“Agora, mais do que nunca, devemos oferecer uma alternativa ousada ao programa de pobreza, divisão e repressão do governo”, disse o líder esquerdista.
Fonte: Brasil247