Na quarta-feira, 7 de fevereiro, o Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo (DEIC) realizou a prisão de duas mulheres sob acusações de associação ao tráfico e tráfico de drogas. As suspeitas estavam envolvidas na operação de uma fábrica clandestina de chocolates alucinógenos localizada na cidade de Mairiporã, região metropolitana de São Paulo.
Utilizando “cogumelos mágicos”, conhecidos por seus efeitos psicoativos, as mulheres fabricavam os doces. A substância psicoativa presente nesses fungos, chamada psilocibina, é considerada ilegal no Brasil.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a fábrica clandestina produzia trufas, bombons, barras de chocolate e biscoitos utilizando o mencionado fungo alucinógeno.
A denúncia sobre a existência dessa fábrica clandestina foi feita à 6ª Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DISCCPAT).
Os produtos eram vendidos por meio de catálogos online, que detalhavam cada item, incluindo a indicação da presença dos alucinógenos. O cogumelo mais citado era o Camboja NS, também conhecido como Psilocybe cubensis. Os preços dos produtos variavam entre R$ 45 e R$ 310.
Após obterem uma amostra dos chocolates, as autoridades encaminharam o produto para perícia, que confirmou a presença da psilocibina.
Um mandado de busca e apreensão foi emitido para um centro comercial, onde funcionava a sede administrativa do negócio, além da fábrica de chocolates, localizada em um imóvel de alto padrão.
Durante a prisão em flagrante, os policiais apreenderam os doces alucinógenos prontos para venda, bem como a matéria-prima utilizada na produção desses produtos ilegais.
As duas mulheres foram encaminhadas às autoridades competentes para responder pelos crimes cometidos.
Fonte: O Antagonista