Quase 9.000 pessoas, incluindo artistas, curadores e diretores de museus, assinaram um apelo online pedindo que Israel seja excluído da Bienal de Arte de Veneza deste ano, pois o país está sendo acusado de “genocídio” em Gaza.
As ações israelenses em Gaza mataram cerca de 30.000 pessoas e deslocaram a maioria dos 2,3 milhões de habitantes do território, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. Devido a isso, Israel tem enfrentado críticas internacionais crescentes, inclusive no mundo das artes, sobre a sua ofensiva no enclave palestino.
Israel rejeita qualquer acusação de que as suas ações equivalem a genocídio.
Segundo a declaração online do coletivo Art Not Genocide Alliance: “Qualquer representação oficial de Israel no cenário cultural internacional é um endosso de suas políticas e do genocídio em Gaza”.
“O coletivo destacou que a Bienal de Veneza já havia banido a África do Sul por causa de sua política de apartheid de domínio da minoria branca e excluído a Rússia na esteira da invasão da Ucrânia pelo Kremlin em 2022. O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, disse que o apelo era uma “imposição inaceitável, além de vergonhosa… daqueles que acreditam ser os guardiões da verdade e, com arrogância e ódio, pensam que podem ameaçar a liberdade de pensamento e de expressão criativa”. (Brasil 247)
A Bienal é um dos principais eventos do calendário artístico internacional. A edição deste ano receberá pavilhões de 90 países entre 20 de abril e 24 de novembro.
Fonte: Brasil 247.