Segundo o jornal O Globo, após dois dias de intensas deliberações entre as 45 delegações participantes da reunião de chanceleres do G20, o Brasil destaca avanços, embora retóricos, no debate sobre reformas globais.
“O encontro concentrou-se em questões cruciais para a geopolítica internacional, com destaque para o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou um “virtual consenso” em torno da criação de dois Estados como solução para o conflito. Contudo, tanto os negociadores brasileiros quanto europeus reconheceram a falta de um plano concreto para essa realização, indicando um avanço apenas no âmbito político”. (Brasil 247)
O Brasil, conseguiu inserir suas propostas na agenda, como discutir questões geopolíticas de grande relevância, como a reforma do sistema global de governança. Uma das prioridades da presidência brasileira no G20 é esta reforma.
Foram feitas críticas às defasagens em décadas, como na Carta das Nações Unidas, que não contempla temas contemporâneos como o meio ambiente, e questionamentos sobre a legitimidade do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, foi falado sobre a necessidade de reformas nos bancos multilaterais de desenvolvimento, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e na Organização Mundial do Comércio (OMC), visando aumentar a representatividade dos países em desenvolvimento e garantir a eficácia dos mecanismos de solução de controvérsias.
Foi confirmada a realização de uma reunião em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU, em 26 de setembro. Ela visa integrar a agenda do grupo com a ONU. Ela será aberta aos 193 países-membros da ONU.
Fonte: Brasil 247.